Cirurgia de Varizes
Se você leu os posts de laser endovenoso e de radiofrequência, deve estar se perguntando: se essas técnicas são superiores, por que falar sobre a cirurgia convencional?
É importante falar sobre a técnica convencional porque essa foi a principal forma de tratamento da veia safena por mais de 100 anos, e ainda é muito realizada em todo mundo, em especial no Brasil.
Precisa ser realizada em um centro cirúrgico, pois exige anestesia regional como bloqueio do nervo femoral, a raquianestesia ou peridural.
Realiza-se um pequeno corte de cerca de 1,5-2cm na região da virilha e um pequeno corte na região do joelho ou da perna, para que seja removida a veia por um fleboextrator.
Apresar de ser mais invasiva, apresenta bons resultados a longo prazo, comparáveis às outras técnicas como o laser ou a radiofrequência. Causa mais dor, mais hematomas e necessita de um tempo maior para o retorno às atividades cotidianas sem restrições.
Em alguns casos, ainda é a melhor opção.
O Cirurgião Vascular tem o conhecimento necessário para escolher a melhor técnica para cada caso, e deve estar treinado para realizar todas as técnicas.
O paciente passa por uma avaliação rigorosa a fim de definir o melhor método para melhorar sua saúde.
Em determinados casos o paciente realiza no mesmo dia o procedimento em um cenário onde todos os exames médicos estejam de acordo com o procedimento.
Com horário agendado o paciente ou a paciente dá entrada na clínica geralmente pela manhã.
Caso o procedimento definido seja no âmbito clínico o paciente pode receber alta no mesmo dia e, provavelmente, ir caminhando para casa.
Sim. Existem fatores genéticos (hereditária - o indivíduo já nasce com tendência a ter varizes) ainda não completamente compreendidos que levam a aumento da ocorrência de varizes em certas famílias. Mas é importante ressaltar que as varizes são causadas por múltiplos fatores, ou seja, nem todos em uma família desenvolverão a doença.
Normalmente, um dia de internação é suficiente. Em alguns casos o paciente recebe alta no mesmo dia da realização do procedimento.
Geralmente, um mês após a cirurgia dá-se início ao tratamento escleroterápico das veias residuais, as quais são quase sempre pequenos trajetos que foram interrompidos.
Isto se deve ao fato de que, após este intervalo de tempo, já ocorreu a reabsorção das equimoses (extravasamento de sangue no tecido subcutâneo, alterando sua coloração).
Dependendo da quantidade de veias varicosas que precisam ser retiradas, pode ser feita operação com anestesia local, com ou sem sedação, ou anestesia raquidiana ou peridural.
Risco existe em qualquer ato cirúrgico; todavia, está próximo do zero, ainda mais hoje em dia, com as boas técnicas anestésicas e apurada avaliação pré-operatória.
Sim. Quando se operam as varizes, o cirurgião vai retirar apenas as veias varicosas. Nas veias normais, não se mexe.
Essas veias, com o passar do tempo, podem se tornar varicosas, pois a tendência de desenvolver varizes está na paciente.
O tratamento é contínuo havendo necessidade de visitar o médico especialista, no mínimo, uma vez por ano.
Na verdade, a veia safena não é retirada; ela sofre uma queimadura já que o laser emite luz em altas temperaturas que leva à sua destruição.
A fibra do laser é passada pelo interior da safena e o trajeto dela é queimado na extensão em que se encontra doente.
O laser apresenta algumas vantagens como a menor formação de hematomas e edema nos pós-operatório o que possibilita um retorno mais rápido às atividades habituais.
Antes da cirurgia, o trajeto das varizes que vão ser retiradas é marcado com caneta especial.
Para as veias muito grossas, há a necessidade de se abrir um pequeno corte para retirá-las e dar pontos para fechá-lo. Isto também acontece quando é preciso retirar as veias safenas. Nas veias não tão calibrosas, processa-se um pequeno furo (incisão de cerca de 1mm) com o bisturi, e, com a ajuda de uma agulha de "crochet", retira-se a variz. Em lugar de pontos (desnecessários), usam-se algumas fitas adesivas.
As veias que são retiradas, por estarem doentes, não colaboram para a circulação; ao contrário, sua retirada causa melhoria na drenagem venosa dos membros inferiores, aliviando sintomas, melhorando a estética e prevenindo as complicações da evolução da doença.
Atualmente, há um cuidado bastante grande a fim de preservar as veias safenas magnas, pois podem ser necessárias como "pontes" no coração, no tratamento da angina do peito e do infarto do miocárdio, ou "pontes" nos membros inferiores, salvando-os de gangrena e amputação. Entretanto, as veias safenas muito dilatadas e/ou a presença de refluxo autorizam sua retirada para tratamento da doença varicosa, mesmo porque, neste caso, são imprestáveis como "ponte".